Os costumes de luto no judaísmo são profundamente enraizados na tradição e têm uma importância significativa na vida dos seguidores desta fé. Quando um ente querido falece, a comunidade judaica segue um conjunto de rituais e práticas que ajudam a lidar com a perda, honrar a memória do falecido e confortar os enlutados.
Um dos costumes mais conhecidos é o período de luto chamado de “Shivá”, que significa “sete” em hebraico. Durante sete dias após o funeral, os familiares próximos do falecido recebem visitas de amigos, parentes e membros da comunidade, que vêm oferecer condolências e apoio. Durante esse período, os enlutados permanecem em casa, sentados em bancos baixos, simbolizando a humildade diante da perda.
Outro costume importante é o “Keriah”, onde os enlutados rasgam uma peça de roupa como sinal de luto. Essa prática demonstra a ruptura emocional causada pela morte e é muitas vezes realizada durante o funeral ou imediatamente após.
Além disso, é comum recitar o “Kaddish”, uma oração em aramaico que glorifica a Deus e exalta sua vontade soberana, mesmo em tempos de perda. O Kaddish é recitado diariamente durante o período de luto e em determinadas datas comemorativas ao longo do ano.
Outro aspecto importante do luto judaico é a prática de prestar homenagem ao falecido através de atos de caridade, conhecidos como “Tzedaká”, e pela realização de boas ações em sua memória. Isso reflete a crença de que as boas obras podem trazer conforto às almas dos falecidos e contribuir para o cumprimento de seu legado.
Em resumo, os costumes de luto judaicos são uma expressão tangível do profundo respeito pela vida e pela memória dos que partiram. Eles oferecem estrutura, consolo e comunidade aos enlutados, ajudando-os a atravessar esse período difícil com dignidade e apoio mútuo.