A maconha é uma planta que contém mais de 100 compostos químicos conhecidos como cannabinoides, sendo os mais conhecidos o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (cannabidiol). Esses componentes ativos são responsáveis pelos efeitos psicoativos e terapêuticos da maconha e têm sido objeto de intensa pesquisa nas últimas décadas.
O THC é o principal componente psicoativo da maconha, responsável por induzir os efeitos de euforia, relaxamento e alterações na percepção sensorial experimentados pelos usuários. Ele atua ligando-se aos receptores cannabinoides no cérebro, principalmente nos circuitos associados ao prazer, memória, coordenação motora e percepção do tempo.
Por outro lado, o CBD é um componente não psicoativo da maconha e tem sido estudado por seus potenciais benefícios terapêuticos. O CBD demonstrou ter propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, ansiolíticas e antipsicóticas em estudos pré-clínicos e clínicos. Ele também pode atenuar alguns dos efeitos adversos do THC, como ansiedade e paranoia, quando os dois compostos são consumidos juntos.
Além do THC e do CBD, há outros cannabinoides e compostos químicos na maconha que também podem contribuir para seus efeitos, embora em menor grau. Estes incluem cannabinol (CBN), cannabigerol (CBG), e terpenos, que são responsáveis pelo aroma característico da maconha e podem ter efeitos complementares aos cannabinoides.
A compreensão dos componentes ativos da maconha e de seus efeitos no corpo humano é essencial para informar políticas de saúde pública, regulamentação e uso medicinal da planta.