Ao se aproximar o mês de outubro, os dias tornam-se mais curtos, as folhas começam a cair e o frio do outono nos envolve, marcando a iminência do Dia das Bruxas, ou Halloween. Celebrado no dia 31 de outubro, este feriado, carregado de tradição e simbolismo, transformou-se ao longo dos séculos, adaptando-se a diferentes culturas e evoluindo em suas práticas e significados.
A origem do Dia das Bruxas remonta aos antigos celtas, que comemoravam o festival de Samhain, marcando o fim da colheita e o início do inverno. Para eles, essa era uma época em que o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se afinava, permitindo que espíritos transitassem entre os dois reinos. Para afastar os maus espíritos, os celtas acendiam fogueiras e usavam máscaras.
Com a expansão do Cristianismo, muitas festas pagãs foram incorporadas e adaptadas. Assim, o Samhain tornou-se o “All Hallows’ Eve” (Véspera de Todos os Santos), uma noite dedicada a relembrar os mártires e santos da Igreja.
O Halloween moderno, com suas fantasias, doces e decorações temáticas, é uma mistura de várias tradições e influências. Nos Estados Unidos, o feriado ganhou um caráter festivo e comercial, sendo amplamente celebrado por pessoas de todas as idades. Jack-o’-lanterns (abóboras esculpidas), “trick-or-treating” (doces ou travessuras) e festas a fantasia tornaram-se sinônimos da celebração.
No Brasil, o Dia das Bruxas foi influenciado principalmente pela cultura norte-americana, mas também se mescla com tradições locais. Mesmo não sendo um feriado tradicional, a celebração vem ganhando espaço, especialmente entre os jovens e nas escolas.
O Halloween, em sua essência, é uma celebração da vida em meio à iminência da morte. É uma ocasião para se reunir, compartilhar histórias e celebrar a continuidade da vida. E, mesmo em meio a máscaras e doces, o feriado nos lembra da efemeridade da existência e da importância de aproveitar cada momento.