No último domingo (25), o Barcelona anunciou a remoção do lateral-direito Daniel Alves da prestigiosa lista de “lendas” do clube, composta por 102 jogadores que marcaram época defendendo as cores azul-grená desde a fundação em 1899. Esta decisão ocorreu após a condenação de Daniel Alves por estupro pela Justiça espanhola na semana anterior, conforme reportado pelo diário Sport.
A espera pelo desfecho do julgamento foi o critério adotado pelo Barcelona para tomar a decisão de retirar o brasileiro da lista de lendas do clube. Jordi Alba, Sergio Busquets e Gerard Piqué foram os últimos a serem incluídos nesse seleto grupo, enquanto Daniel Alves, mesmo retirado das lendas, permanece presente na lista de “jogadores históricos” no site oficial do clube, onde é aclamado como o “melhor lateral-direito da história do Barça”.
O site destaca a notável parceria de Alves com Lionel Messi, recordando suas subidas pelo lado direito do ataque do Barcelona, enfatizando que os bons torcedores sempre se lembrarão dessa contribuição. Ao longo de duas passagens pelo clube (2008-2016 e 2022), Alves disputou 431 partidas, marcou 24 gols e conquistou 26 títulos.
A condenação de Daniel Alves, que recebeu uma sentença de quatro anos e seis meses de prisão por estupro na Espanha, tem gerado amplas repercussões. O jogador terá que pagar 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à vítima, e, após cumprir um ano de prisão (tempo que será descontado da condenação), enfrentará cinco anos de liberdade vigiada. Além disso, foi determinada a proibição de se aproximar a menos de mil metros do domicílio ou local de trabalho da vítima por nove anos e seis meses.
A decisão do Barcelona de remover Daniel Alves da lista de lendas reflete não apenas a controvérsia em torno do caso, mas também destaca a posição do clube em relação às normas e práticas culturais, mesmo para jogadores de renome mundial. Este incidente representa uma oportunidade para reafirmar a responsabilidade dos astros do futebol em seguir padrões éticos, mesmo em um contexto esportivo. A atitude conservadora da Arábia Saudita, destacada recentemente por outro incidente envolvendo Cristiano Ronaldo, também contribui para uma reflexão mais ampla sobre o comportamento de figuras públicas no cenário esportivo internacional.