Nas paisagens vastas e acolhedoras do interior brasileiro, nasceu um dos gêneros musicais mais emblemáticos e queridos do país: a música sertaneja. E ao longo das décadas, esse ritmo, marcado por letras sentimentais e harmonias cativantes, se reinventou nas vozes de grandes artistas, tornando-se um pilar incontestável da cultura nacional. Neste editorial, prestamos homenagem aos maiores cantores sertanejos que, com sua arte, narraram as dores, amores, alegrias e tristezas do povo brasileiro.
Das modas de viola à sofisticação das produções atuais, o sertanejo viu ícones como Tonico e Tinoco, Sérgio Reis e Milionário e José Rico darem os primeiros acordes que definiriam a essência do gênero. Com suas canções, eles contavam histórias do cotidiano rural, das paixões arrebatadoras e dos desafios da vida no campo.
A década de 1990 presenciou uma nova onda do sertanejo. Zezé Di Camargo & Luciano, Leandro & Leonardo e Chitãozinho & Xororó trouxeram ao palco uma mescla de baladas românticas e temas universais, conquistando multidões e estabelecendo o sertanejo como força dominante nas paradas de sucesso.
E, como toda boa história, o sertanejo continuou sua evolução. Nas últimas décadas, artistas como Jorge & Mateus, Marília Mendonça e Gusttavo Lima incorporaram novos elementos ao gênero, dialogando com o pop, o arrocha e até mesmo o funk, provando a versatilidade e a contemporaneidade da música sertaneja.
É notável como o sertanejo, em sua rica tapeçaria de sons e histórias, se mantém tão relevante e amado, mesmo diante das constantes transformações da indústria musical. Isso só é possível graças aos talentosos artistas que, geração após geração, pegam suas violas e, com paixão e sinceridade, cantam o coração e a alma do Brasil.